Empresas brasileiras conseguem ampliar o leque de produtos inovadores, e o governo destina
mais recursos para a pesquisa tecnológica no setor privado.

QUANDO SE FALAVA EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA brasileira, os exemplos citados eram sempre a extração
de petróleo em águas profundas e os aviões da Embraer. Na última década, houve um aumento na variedade de produtos inovadores desenvolvidos no Brasil. A indústria têxtil usa nanotecnologia para tecidos que resistem até ao contato com alumínio derretido. O setor químico faz bioplásticos de etanol de cana-de-açúcar, matéria-prima 100% renovável.

Surge um nicho farmacêutico que aposta em produtos como o medicamento para reconstituir ossos lesionados. Na área de tecnologia da informação, empresas desenvolvem máquinas e softwares específicos para facilitar as operações de lojas de varejo.

Neste ano, as empresas brasileiras receberão mais estímulo para inovar com a previsão do aumento de recursos públicos para pesquisa e desenvolvimento (P&D). Em 2004, o Congresso Nacional aprovou a Lei da Inovação. Atualmente, o governo está aperfeiçoando os instrumentos criados há quatro anos (subvenção, renúncia fiscal) na nova versão da Política Industrial.

Um sinal positivo veio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), estatal do Ministério de Ciência e Tecnologia, que terá um orçamento total de R$ 2,8 bilhões em 2008, um valor bem acima do R$ 1,4 bilhão de 2007.

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