Pilulas de inovação

Pilulas de inovação

Considerado estratégico pela política industrial, o setor de fármacos brasileiro tenta avançar após anos de dependência externa. Laboratórios de todos os portes garantem competitividade com investimento em P&D.

Desenvolver um medicamento 100% nacional. Este é o grande objetivo das empresas especializadas em fármacos. A meta, que pode parecer bem distante para um país que há pouco tempo se limitava a importar produtos, já está sendo alcançada por alguns laboratórios, que além de ganharem o mercado interno
têm incrementado, ano após ano, o volume de exportações.

É o caso da Aché, empresa nacional que apostou na parceria com universidades para desenvolver o primeiro medicamento totalmente fabrica-do no Brasil. O Acheflan, antiinflamatório tópico, foi produzido a partir da Cordia verbenacea (erva baleeira) e já é o líder do segmento no país. O sucesso é resultado de diversos fatores, que aliam desde alto investimento em pesquisa até a competência técnica de uma equipe formada por pesquisadores de quatro instituições brasileiras – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e Universidade de Campinas (Unicamp).

O pioneirismo deixou clara uma tendência: é necessário inovar para conquistar mercado na área, conhecida pela intensa concorrência. Para se ter uma idéia, as grandes multinacionais do setor investem de 10% a 20% de seu faturamento nas atividades de P&D. “O governo e a universidade já entenderam que não basta publicar artigos em revistas acadêmicas. Para o país crescer, temos que apostar na inovação”, afirma o pesquisador da UFSC João Batista Calixto, um dos principais envolvidos na elaboração do Acheflan.

Inovação, neste caso, significa desde apostar na biodiversidade brasileira para encontrar novos produtos até descobrir novas formulações para um fármaco já existente.

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